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domingo, 25 de julho de 2010

Mini-curso Nos subterrâneos da modernidade: história, literatura e marginalidade


De acordo com o site oficial do II Colóquio Internacional de História da UFCG, estão abertas as inscrições para participantes dos mini-cursos e dos Grupos de Trabalhos oferecidos pelo evento. O prazo final para inscrições em Grupos de Trabalho e Mini-Cursos é até 21/09/2010. Aproveito para divulgar aos possíveis interessados, entre colegas de ofício e estudantes/pesquisadores de áreas afins, que estarei ministrando, juntamento com os professores Gervácio Aranha e Benjamin Montenegro, o mini-curso Nos subterrâneos da modernidade: história, literatura e marginalidade. Para informações detalhadas sobre as inscrições, basta acessar o hiper-link acima. Segue abaixo a ementa do mini-curso:

Mini-curso 15: NOS SUBTERRÂNEOS DA MODERNIDADE: HISTÓRIA, LITERATURA E MARGINALIDADE.

Coordenadores: Prof. Dr. Gervácio Batista Aranha, Prof. Dr. José Benjamin Montenegro e Prof. Ms. Joachin de Melo Azevedo S. Neto


A presente proposta de Mini-Curso visa discutir, no âmbito geral, o processo de modernização e suas dimensões excludentes. Para tal abordagem tornar-se possível, entrará em pauta o debate acerca das dimensões políticas da escrita e suas implicações históricas. Ao carregarem suas penas com as tintas do desencanto, da denúncia e do ressentimento, determinados literatos, na Europa, como Charles Baudelaire, Proust, Dostoiévski, Bakunin, Charles Dickens ou, no caso do Brasil, Lima Barreto, Machado de Assis e João do Rio imprimiram, no papel, várias experiências subterrâneas que remetem as memórias de uma modernidade segregadora, dantesca e criminosa. Por via das vezes, a experiência social da humilhação e da pobreza manifesta-se simbolicamente na prática da escrita. É gestado, assim, um testemunho que caminha na contramão do que está estabelecido pelos discursos oficiais de uma determinada época. Este mini-curso versará sobre as potencialidades históricas que estes testemunhos literários possuem.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Recomeçando!

Bom, estou aqui mais uma vez reiniciando este trabalho, um tanto quanto catársico, que é manter um blog. Creio que já possuo alguma experiência com esse labor, as vezes ingrato. O último que deixei naugrafar no mar de quinquilharias da web foi o "Bar das Sequelas". Bom, em uma longa nota que explicavam minhas razões para pular fora do barco, aleguei que diante de diversas experiências que vivenciei, passei a achar que um bar cheio de sequelas não é lá um local tão edificante assim. O "bar das sequelas" foi transformado em "Clandestino Pensar" em uma nítida alusão as formas de literatura que eram produzidas no século XVIII que eram proibidas pelo absolutismo por veicularem um conteúdo que, segundo o historiador Robert Darnton, contribuía para dessacralizar as hierarquias sociais entre nobres e plebeus na Europa e, especialmente, na França.
Bom, o "Clandestino Pensar" agora reside na inércia. Como meu antigo login e senha do gmail foi hackeado por algum desocupado, eu tanto perdi o acesso a meu antigo e-mail bem como ao meu blog. O fato é que as antigas postagens estão todas lá, embora, parece que ,antevendo que algo iria dar errado, eu fiz uma verdadeira limpeza no blog retirando de lá alguns posts que possuíam um teor em torno dos quais eu já não nutria qualquer afinidade ou razão para defendê-los.
Semântica dos Tempos é um blog cujo título foi inspirado no título do livro do historiador Reinhart Koselleck chamado Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos (2006), traduzido por Wilma Patrícia Maas e Carlos Almeida Pereira. Não pretendo resenhar a obra, mas apenas expressar que é uma das minhas favoritas em critérios de rigor e densidade historiográfica. A discussão feita por Koselleck em torno da convivência do passado - manifestada sob o conceito de experiência - com a modernidade, ao mesmo tempo em que se abrem as possibilidades para o futuro - conceituado pelo historiador como horizonte de expectativa - é simplesmente magistral e serve como um balde de água fria na cabeça de quem gosta de delimitar rigidamente as experiêcias temporais em antigo, moderno, pós-moderno e blá, blá blá. Na verdade, tudo isto ainda está muito emaranhado e é preciso parar de pensar que as experiências passadas serviram apenas para determinar o presente. Ora, é preciso tornar o nosso próprio conceito e noção de presente mais indeterminado.
Por hora é isso. Pretendo aqui falar das coisas que gosto e quem sabe até de pessoas que gosto também. Aqui estamos, mais uma vez, flutuando entre os detritos virtuais da web, mas com uma série de boas intenções. Obrigado pela sua preciosa atenção, caros (as) leitores (as) e um bom fim de semana!